Dias Arruinados

    Sabem daqueles dias que têm tudo para serem bons dias e que imaginamos que vamos passar um bom bocado, só que afinal corre quase tudo mal? Hoje foi um desses dias. Nem tudo correu mal, mas aquilo que realmente não "funcionou" acabou por me deixar triste e estragar o dia de hoje e possivelmente o dia de amanhã e o próximo e o próximo... Normalmente quando me sinto assim é porque não vejo solução para o problema. O que se deve fazer quando uma das pessoas das quais dependes não quer fazer nada? Não tem motivação, a sua paixão são coisas virtuais e basicamente tudo o que seja em casa, excepto limpezas? A minha vida não é, nem pode ser estar sempre em casa... Nem a da minha mãe. Por isso já se sabe de quem estou a falar...do Vítor. Acho que ele nem vem ao blog, porque o seu pc apenas serve para jogos, por isso até me sinto à vontade para falar disto aqui.
    Hoje fomos passear e eu fui fazer umas comprinhas que precisava na Decathlon. Aproveitou-se e comeu-se no IKEA e por isso hoje foi um dia em que se gastou dinheiro. Mas não acredito que seja só por isso que ele ia contrariado, por não querer gastar dinheiro...Acredito que seja porque ele não quer, pura e simplesmente, sair de casa. Isto é possível?
    Amanhã queria ir ao Parque da Serafina fazer um piquenique...falei-lhe disso, se dava, visto que o carro anda a ter problemas e ele respondeu que não dava. E eu "Mas por causa do carro?" e ele "Eu não quero ir.". E nem sequer tem a coragem de me dizer isto na cara, estava a olhar para as plantas. Não quer ir? Não quer estar ao ar livre, visitar um parque bem conhecido e que é sempre bom revisitar...Nós nem vamos gastar dinheiro...Vamos levar comida de casa, estendemos toalha e voilá! A gasolina nem somos nós que pagamos...por isso é mesmo porque ele não quer. E é isso que me causa impressão. Não quer sair de casa? Que horror... Estamos condenadas a estar sempre em casa? A minha mãe está condenada a ter uma vida de escrava? Eu sei que eu e o David não vamos ser assim. Nós fartamos nos de passear, literalmente!
E é isto que me deixa triste...